Esperanto

"O Esperanto é uma língua criada para facilitar a comunicação entre os povos do mundo inteiro. 

Mais de cem anos de utilização prática fizeram do Esperanto uma língua viva, capaz de exprimir qualquer nuance do pensamento humano. Ela é internacional e neutra porque pertence a todos os povos e proporciona a comunicação entre pessoas de todo o mundo, sem qualquer tendência de hegemonia cultural, política, religiosa e econômica.

Quem aprende o Esperanto tem o privilégio de usufruir de duas cidadanias que se interagem e mutuamente se enriquecem: a primeira todos recebem automaticamente quando nascem. É influenciada pelas tradições, costumes e crenças de cada país, ou seja, pela cultura local. A segunda ganhamos quando, voluntariamente, optamos por ser cidadãos do mundo, através do Esperanto. Mais ampla que a outra, engloba a cultura mundial, em suas mais diversas manifestações.

Os que optam pela "dupla cidadania" através do Esperanto são chamados de esperantistas. São pessoas que não só conhecem a língua mas também a usam para comunicar-se com esperantistas de outros países, para estabelecer contatos com culturas diversas e são ativistas da divulgação e da defesa da idéia da Língua Internacional.

Após o surgimento do Esperanto, pessoas que o aprenderam sentiram necessidade de organizar grupos para a prática, ensino e sua divulgação. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram, alguns ultrapassaram as fronteiras do país de origem, novos surgiram e hoje temos centenas de organizações esperantistas em funcionamento no mundo inteiro. Juntamente com os esperantistas, esses grupos formam o Mundo do Esperanto, e as ações nele desenvolvidas constituem o que se convencionou chamar de movimento esperantista.

Aprenda Esperanto, torne-se esperantista e venha viver o mundo do Esperanto. Ele é, por natureza, seu também!"


(texto de autoria de Francisco Mattos, morador de Brasília-DF, grande batalhador pela causa do Esperanto)
Fonte: http://www.kurso.com.br

História

Ludwik Lejzer Zamenhof vivia em Białystok (atualmente na Polônia, na época Império Russo). Em Białystok moravam muitos povos e falavam-se muitas línguas, o que dificultava a compreensão, mesmo nas mais cotidianas situações, o que o motivou a criar uma língua auxiliar neutra, a fim de solucionar o problema.

Durante a adolescência, criou a primeira versão da “lingwe universala”, uma espécie de esperanto arcaico. O seu pai, entretanto, fê-lo prometer deixar de trabalhar no seu idioma para se dedicar aos estudos. Zamenhof então foi para Moscovo estudar medicina. Em uma de suas visitas à terra natal, descobriu que seu pai queimara todos os manuscritos do seu idioma.

Zamenhof pôs-se, então, a reescrever tudo, adicionando melhorias e fazendo a língua evoluir.
O primeiro livro sobre o esperanto foi lançado em 26 de julho de 1887, em russo, contendo as 16 regras gramaticais, a pronúncia, alguns exercícios e um pequeno vocabulário. Logo depois, mais edições do Unua Libro foram lançadas em alemão, polonês e francês. O número de falantes cresceu rapidamente nas primeiras décadas, primordialmente no Império Russo e na Europa Oriental, depois na Europa Ocidental, nas Américas, na China e no Japão. Muitos desses primeiros falantes vinham de outro idioma planificado volapük. As primeiras revistas e obras originais em esperanto começaram a ser publicadas.

Em 1905 aconteceu o primeiro Congresso Universal de Esperanto, em Bolonha-sobre-o-Mar, na França, juntando quase mil pessoas, de diversos povos. Em 1906 foi fundado no Brasil o primeiro grupo esperantista, o Suda Stelaro em Campinas, 19 anos após o surgimento da língua.

Todo o movimento esperantista avançava a passos largos e seguros, mas com o evento das duas guerras mundiais o movimento teve um recuo amedrontador: as tropas comandadas por Hitler perseguiam e matavam os esperantistas na Alemanha e nos países dominados por esta; as tropas de Stalin faziam o mesmo na Rússia; a família de Zamenhof foi dizimada; no Japão e na China, a perseguição ao esperanto também ganhou proporções assustadoras.

Após a segunda grande guerra, o esperanto reergueu-se. Em 1954, a UNESCO passou a reconhecer formalmente o valor do esperanto para a educação, a ciência e a cultura, e, em 1985, novamente a UNESCO recomendou aos países membros a difusão do esperanto.

Após 1995, com a popularização e disseminação da Internet, o movimento esperantista ganhou uma nova força propulsora. Um exemplo de como está a situação atual do esperanto é ver o número de artigos na língua na Wikipédia: mais de 140 000 em janeiro de 2011, com índice de profundidade 13 — números maiores do que os de muitas línguas étnicas.


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